Olá, manolos!
Vocês conhecem a Febre Chikungunya? Chiku o
quê? Kungunya. A maioria das pessoas não conseguem nem pronunciar muito bem
essa palavra. Parece até um espirro, não é verdade? (risos). Nada melhor que
estar informado, principalmente quando o assunto é saúde e doença, para que
possamos nos precaver e evitar certas enfermidades.
A febre Chikungunya é uma doença parecida com
a dengue, causada pelo vírus do gênero Alphavirus, transmitida pela picada do mosquito
Aedes aegypti
infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes
albopictus. Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre,
mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Mas se você
conhecer pessoas apáticas, como eu, não confunda com a doença (vale salientar).
No entanto, a febre Chikungunya Também acomete as articulações: o vírus avança
nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de
inchaço, vermelhidão e calor local.
Essa doença, apesar de pouco letal, é muito limitante. Teve seu vírus isolado em 1950 pela primeira
vez, na Tanzânia. Chikungunya significa “aqueles que se dobram” no dialeto Makonde da
Tanzânia, termo este usado para designar aqueles que sofriam com o mal. Os
mosquitos transmitiam a doença para os africanos, mas a partir de 2004 se
intensificou e em um período de dois anos, ocorreu um número estimado de 500
mil casos.
A
epidemia propagou-se do Oceano Índico à Índia, onde grandes eventos emergiram
em 2006 e infectou mais de 1,39 milhão de pessoas antes do final do ano. O
surto da Índia continuou em 2010 com novos casos aparecendo em áreas não
envolvidas no início da fase epidêmica.
A partir de 2010, o Ministério da
Saúde passou a acompanhar e monitorar continuamente a situação do vírus
causador da febre Chikungunya no Brasil, após registro de três casos contraídos
no exterior.
O Ministério da Saúde confirmou, por meio de
exames laboratoriais, 79 casos de Febre Chikungunya no país, até o dia 27 de
setembro deste ano. Deste total, 38 são importados de pessoas que viajaram para
países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela,
Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.
Os outros 41 foram diagnosticados em pessoas
sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão.
Desses casos, chamados de autóctones, oito foram registrados no município de
Oiapoque (AP) e 33 no município de Feira de Santana (BA).
Em caso de suspeita da doença, é importante
ir ao hospital ou clínica de saúde. O diagnóstico deverá ser feito por meio de
análise clínica e exame sorológico (de sangue).
Atualmente, não há tratamento específico disponível para a febre
chikungunya. Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes devem ser
mantidos sob mosquiteiros durante o estado febril, evitando que algum Aedes
aegypti o pique, ficando também infectado.
É importante apenas tomar muito líquido para manter-se hidratado.
Caso haja dores e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico, como
o paracetamol. Em alguns casos, é necessária internação para hidratação
endovenosa e, nos casos graves, tratamento em unidade de terapia intensiva.
É importante evitar medicamentos à base de ácido
acetilsalicílico (aspirina) assim como na dengue, pois podem causar sangramentos.
Outros anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam)
também devem ser evitados.
Gente, todo cuidado é pouco. Ao viajar para o exterior a atenção
deve ser redobrada, pois nesses locais o fluxo de pessoas, vírus e bactérias
são avassaladoras e nós humanos, somos limitados e frágeis na nossa essência. Isso
pareceu tão triste, mas postarei assuntos mais descontraídos da próxima vez.
Boa leitura!